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FIGURAS GRÁFICAS: CONHECENDO OS TRIÂNGULOS!

1 – Introdução: 

Olá, clube Investfy.

Dentro da Análise Técnica existe um importante tema chamado de PADRÕES GRÁFICOS, também conhecido como FIGURAS GRÁFICAS.

Dentro deste assunto, existem inúmeras espécies de figuras. 

Elas podem ser padrões que, via de regra, indicam CONTINUIDADE da tendência anterior a sua formação e outras que normalmente irão indicar REVERSÃO da tendência anterior a sua formação.

Neste artigo irei abordar as diferentes espécies de TRIÂNGULOS e como devemos interpretá-los segundo as melhores doutrinas da Análise Técnica Clássica. 

Antes de abordar em detalhes cada um deles, é fundamental apresentá-los: 

– Triângulo Simétrico 

– Triângulos Retângulos: Triângulo ascendente e Triângulo descendente.

2 – Triângulos Simétricos: 

O triângulo simétrico é formado por uma linha de tendência de alta (LTA) e uma linha de tendência de baixa (LTB), com a primeira ligando dois ou mais fundos ascendentes e a segunda ligando 2 ou mais topos descendentes. 

Essas linhas de tendência CONVERGEM para se encontrar em um ponto futuro no gráfico, formando a figura triângular.

Segundo Martin Pring: ” Um triângulo simétrico é constituído de uma série de duas ou mais altas e correções, onde cada topo sucessivo é mais baixo que o seu antecessor, e o fundo de cada uma das correções sucessivas é mais alto que o seu antecessor.” 

Via de regra o triângulo simétrico é um padrão de continuidade da tendência anterior (como foi no caso de BBAS3 do exemplo acima), mas também pode aparecer como um padrão de reversão de tendência.

Logo seu caráter preditivo é fraco, uma vez que NÃO HÁ MANEIRA SEGURA DE, DURANTE SUA FORMAÇÃO, SABER SE ELE SERÁ UM PADRÃO DE CONTINUIDADE OU DE REVERSÃO DE TENDÊNCIA (ele não consegue prever com grande eficácia a direção do movimento subsequente ANTES QUE OCORRA O ROMPIMENTO). 

Segundo Richard W. Schabacker, o triângulo simétrico denota “uma imagem de hesitação, dúvida ou atraso à espera de algum evento que esclareça as perspectivas futuras da ação. Não indica necessariamente manipulação ou mesmo negociação interna coordenada.” Continua o autor: “…a hesitação pode ser devida apenas a um esgotamento temporário de compra – ou venda- e a uma disposição por parte dos traders de tomar fôlego e manter sua posição até que possam reavaliar a situação”.  

O objetivo técnico do padrão (o alvo) é sua altura jogada do seu rompimento (seta amarela). 

3 – Triângulo Retângulo: 

a) Triângulo Ascendente: 

O triângulo ascendente é formado por uma linha de tendência de alta (LTA) ligando 2 ou mais fundos ascendentes e uma linha de tendência horizontal ligando 2 ou mais topos na mesma região. 

Em uma linguagem mais simples: são fundos que sobem e topos na mesma altura. 

Ao contrário do triângulo simétrico, o triângulo ascendente muito normalmente vai resultar em um ROMPIMENTO PARA CIMA. 

Logo seu caráter preditivo é mais forte (ou seja, pode-se esperar, durante a sua formação – ANTES DO ROMPIMENTO- que o rompimento aconteça para cima)! 

Via de regra aparecerão como padrão de continuidade de tendências de alta, mas também podem aparecer em fundos gráficos como padrões de reversão de tendências de baixa. 

Nesse sentido, ensina o mestre Schabacker: 

” Os triângulos retângulos aparecem com mais frequência como formações intermediárias, significando a continuação do movimento anterior. No entanto, não raramente, o triângulo retângulo é encontrado com a hipotenusa inclinada na direção oposta ao movimento precedente e, nesses casos, a formação se enquadra em nosso estudo atual de reversões, que mudam a tendência anterior para uma nova direção oposta.” 

O objetivo técnico do padrão (o alvo) é sua altura jogada do seu rompimento (seta amarela).  

Quanto a psicologia por trás dessa figura, afirma Schabacker: 

“No caso do triângulo ascendente, temos, por outro lado, uma imagem de acumulação profissional. Os interesses envolvidos na compra não querem atrair qualquer seguimento público até que tenham adquirido uma quantidade substancial de ações, então eles resistem a qualquer alta de preços além de um certo nível jogando parte de sua acumulação de volta ao mercado sempre que as ofertas atingem esse nível. À medida que sua compra progride e eles captam a oferta flutuante em mãos fracas, encontram cada vez menos ações disponíveis a preços baixos; daí a inclinação ascendente da perna inferior do nosso triângulo. Finalmente, chega-se a um ponto em que seriam obrigados a vender muito de sua acumulação para impedir que os preços subam acima do nível que estão dispostos a pagar. Sua resistência, que causou a perna superior horizontal do nosso triângulo, é então retirada.” 

b) Triângulo Descendente: 

O triângulo descendente é formado por uma linha de tendência de baixa (LTB) ligando dois ou mais topos descendentes e uma linha de tendência horizontal ligando 2 ou mais fundos na mesma região. 

Em uma linguagem mais simples: são topos que descem e fundos na mesma altura. 

Ao contrário do triângulo simétrico, o triângulo descendente muito normalmente vai resultar em um ROMPIMENTO PARA BAIXO.  

Logo seu caráter preditivo é mais forte (ou seja, pode-se esperar, durante a sua formação – ANTES DO ROMPIMENTO- que o rompimento aconteça para baixo)! 

Via de regra aparecerão como padrão de continuidade de tendências de baixa, mas também podem aparecer em topos gráficos como padrões de reversão de tendências de alta. 

Nesse sentido, ensina o mestre Schabacker: 

” Os triângulos retângulos aparecem com mais frequência como formações intermediárias, significando a continuação do movimento anterior. No entanto, não raramente, o triângulo retângulo é encontrado com a hipotenusa inclinada na direção oposta ao movimento precedente e, nesses casos, a formação se enquadra em nosso estudo atual de reversões, que mudam a tendência anterior para uma nova direção oposta.” 

O objetivo técnico do padrão (o alvo) é sua altura jogada do seu rompimento (seta amarela).  

Quanto a psicologia por trás dessa figura, afirma Schabacker: 

” No caso do triângulo descendente, podemos ter certos interesses envolvidos na distribuição de grandes quantidades de ações para o público e suportando o mercado a um certo nível  até que tenham descarregado todas as suas ações. O nível que eles jogam seu suporte, comprando qualquer ação oferecida a esse preço, torna-se a perna inferior horizontal do nosso triângulo.”

4 – Características Comuns: 

– Tanto os triângulos simétricos, assim como os triângulos retângulos (ascendentes e descendentes) normalmente apresentam uma diminuição de volume durante a sua formação com aumento acentuado da atividade (ou seja, do volume) no momento do rompimento. 

– Para maior confiabilidade dos triângulos (sejam eles simétricos ou ascendentes/descendente), é FUNDAMENTAL QUE O ROMPIMENTO ACONTEÇA EM ALGUM PONTO ENTRE A METADE ATÉ 3/4 DE DISTÂNCIA PARA O SEU VÉRTICE!!! Os rompimento que ocorrem muito próximos ao vértice devem ser descartados!!!  

Contribuidor

Escrito por Victor Franzotti Branco

Advogado de formação e Trader Profissional.
Apaixonado pelo mercado financeiro e especialista em análise técnica clássica, tendo como principal referência os ensinamentos de Martin J. Pring.

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