Trump pede petróleo mais barato da OPEP – Resumo do mercado dos EUA
23 de janeiro de 2025
As ações fecharam em máximas históricas, com o petróleo em queda após o presidente Donald Trump pedir à OPEP para reduzir os preços do petróleo e afirmar que pressionará por cortes nas taxas de juros.
A queda do petróleo, que tende a reduzir preocupações com a inflação, fez o rendimento dos títulos de dois anos, sensíveis à política monetária, cair. Cerca de 320 ações no S&P 500 subiram, com o índice ultrapassando o marco de 6.100 pontos. As ações de tecnologia, que pesaram no mercado durante a maior parte do dia, se recuperaram no final do pregão em Wall Street. Trump também anunciou que assinou ações executivas relacionadas à inteligência artificial e criptomoedas.
- S&P 500: +0,5%
- Nasdaq 100: +0,2%
- Dow Jones: +0,9%
- Magnificent Seven: +0,2%
- Índice de Semicondutores da Bolsa da Filadélfia: -0,4%
- Russell 2000: +0,5%
O Índice do Dólar caiu 0,2%. O Iene subiu, com expectativa de que o Banco do Japão aumente sua taxa de referência na sexta-feira, marcando o maior ajuste em 18 anos. O rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos avançou três pontos-base, para 4,65%.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda de 0,40%, aos 122.483,32 pontos, com volume financeiro de R$ 18,9 bilhões, refletindo rumores sobre possíveis subsídios para baratear alimentos, negados posteriormente pelo ministro Fernando Haddad. Destaques entre as ações:
- Petrobras: ON -0,92% (R$ 40,75); PN -0,70% (R$ 36,83), influenciada pela queda do petróleo.
- Vale: -0,65% (R$ 52,32), na contramão da alta do minério de ferro.
- Banco do Brasil: +2,26% (R$ 26,72), destoando de seus pares.
- Setor Bancário: Santander -1,76% (R$ 24,58), Bradesco ON -1,41% (R$ 10,48), Bradesco PN -0,78% (R$ 11,39) e Itaú -0,21% (R$ 32,54).
- Maiores Altas: Marfrig (+4,06%; R$ 15,64), Braskem (+3,56%; R$ 14,53), Yduqs (+2,76%; R$ 9,30), Cogna (+2,33%; R$ 1,32).
- Maiores Baixas: Minerva (-6,67%; R$ 4,48), MRV (-5,70%; R$ 5,13) e Grupo Pão de Açúcar (-5,57%; R$ 2,71).
Dólar
O dólar encerrou a quinta-feira em baixa de 0,35%, a R$ 5,9255, após oscilar entre R$ 5,8745 e R$ 5,9703, influenciado por declarações de Donald Trump e preocupações fiscais no Brasil.
Trump discursou em Davos, pressionando o Fed por cortes de juros e prometendo atuar para reduzir os preços do petróleo.
A recuperação do dólar frente ao real foi impulsionada por rumores de subsídios a alimentos no Brasil, que geraram incertezas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta fiscal.
Destaques:
- Dólar futuro (fev/24): -0,25%, a R$ 5,9370.
- Índice DXY: -0,13%, a 108,022 pontos.
- Euro: +0,15%, a US$ 1,0426.
- Libra: +0,40%, a US$ 1,2361.
O cenário reflete preocupações com o risco fiscal no Brasil e a pressão internacional para ajustes monetários.
Juros
Os juros futuros subiram após rumores de que o governo poderia adotar subsídios para baratear alimentos, o que gerou preocupação com a meta fiscal. A medida foi desmentida pelo ministro Fernando Haddad, que apontou como alternativa mudanças regulatórias no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Destaques dos DIs no fechamento:
- DI Jan/26: 15,070% (de 14,920%)
- DI Jan/27: 15,355% (de 15,165%)
- DI Jan/29: 15,205% (de 14,995%)
- DI Jan/31: 15,170% (de 14,960%)
- DI Jan/33: 15,110% (de 14,880%)
A elevação dos juros reflete as incertezas fiscais geradas pelos rumores.