S&P 500 cai abaixo de 6.000 pontos com projeções de menos cortes de juros para o próximo ano – Resumo do Mercado dos EUA
Os mercados norte-americanos recuaram e os rendimentos dos títulos subiram após o Federal Reserve reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, conforme esperado, mas ajustar para menos os cortes projetados para 2025.
O índice S&P 500 despencou abaixo de 6.000 pontos, marcando seu pior dia desde agosto. O Nasdaq 100 caiu 3,6%, a maior queda em cinco meses.
O rendimento do título do Tesouro dos EUA de dois anos, sensível à política monetária, subiu 10 pontos-base, atingindo 4,35%, enquanto o rendimento do título de 10 anos subiu para um nível não visto desde maio.
O presidente do Fed, Jerome Powell, destacou hoje que o banco central será mais cauteloso ao considerar ajustes na taxa básica de juros. Ele também afirmou que a política monetária ainda é “significativamente restritiva” e que o comitê está “no caminho certo para continuar cortando.”
Os mercados reagiram às projeções de alguns membros do Fed, que indicaram menos cortes de juros no próximo ano em comparação com as previsões de alguns meses atrás. Agora, os traders precificam uma redução de menos de 0,5 ponto percentual para 2025.
Ibovespa
O Ibovespa caiu 3,15%, fechando aos 120.771,88 pontos, registrando a maior queda diária desde novembro de 2022. O desempenho foi impactado por receios de desidratação do pacote fiscal no Congresso e pela decisão do Fed nos EUA. O volume financeiro somou R$ 33,9 bilhões.
Destaques do pregão:
Ações em alta:
- Marfrig: +1,81% (R$ 16,29)
- MRV: +1,54% (R$ 5,26)
- Santos Brasil: +0,54% (R$ 13,13)
Maiores quedas:
- Automob: -30,00% (R$ 0,35)
- CVC: -17,11% (R$ 1,55)
- Azul: -11,58% (R$ 3,59)
Bancos:
- Santander: -4,27% (R$ 23,56)
- Bradesco PN: -4,17% (R$ 11,49)
- Bradesco ON: -4,12% (R$ 10,48)
- Itaú: -2,85% (R$ 30,97)
- Banco do Brasil: -2,78% (R$ 23,74)
Blue chips:
- Vale: -2,32% (R$ 54,81)
- Petrobras ON: -2,23% (R$ 40,38)
- Petrobras PN: -2,58% (R$ 37,31)
Dólar
O dólar à vista fechou em alta de 2,78%, atingindo um recorde de R$ 6,2657, com máxima intradiária de R$ 6,2707, impulsionado por incertezas fiscais no Brasil, ausência de intervenções do BC, e postura mais cautelosa do Fed. O Fed anunciou apenas dois cortes de juros de 25 pb para 2025, citando inflação persistente e crescimento econômico aquecido nos EUA. No Brasil, declarações do ministro Fernando Haddad sobre um possível ataque especulativo intensificaram o clima de instabilidade.
Destaques internacionais:
- Índice DXY: +1,01% (108,035 pontos)
- Euro: -1,30% (US$ 1,0357)
- Libra: -1,11% (US$ 1,2572)
O dólar futuro para janeiro também subiu 2,78%, fechando a R$ 6,2815.
Juros
Os juros futuros tiveram forte alta, impulsionados por incertezas fiscais domésticas, disparada do dólar e postura mais rígida do Fed. O vértice de 2027 chegou a flertar com os 16% no pior momento. Apesar da aprovação inicial de parte do pacote fiscal na Câmara, há receios sobre sua desidratação no Congresso. A decisão do Tesouro de não realizar leilões também contribuiu para a alta das taxas. Externamente, o Fed sinalizou apenas dois cortes de juros para 2024 e não descartou uma possível elevação futura, reforçando a cautela.
Destaques dos DIs:
- Jan/26: 15,385% (ante 15,115%)
- Jan/27: 15,840% (ante 15,410%)
- Jan/29: 15,540% (ante 15,050%)
- Jan/31: 15,210% (ante 14,710%)
- Jan/33: 14,940% (ante 14,450%)
Otimo resumo,