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Mercados disparam com alívio do CPI

CPI Impulsiona Apostas de Corte do Fed e Eleva Wall Street – Resumo do Mercado Americano

15 de janeiro de 2025

Wall Street respirou aliviada após uma desaceleração inesperada da inflação desencadear uma alta nas ações e queda nos rendimentos dos títulos, reforçando as apostas de que o Federal Reserve continuará cortando as taxas de juros este ano.

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Os mercados acionários apagaram as perdas acumuladas em 2025, com o S&P 500 subindo quase 2%, seu maior ganho desde as eleições dos EUA. Um salto nos Treasuries reduziu os rendimentos de 10 anos em 15 pontos-base, aliviando preocupações de que uma taxa de 5% estava se aproximando. O VIX, indicador de volatilidade do mercado, registrou sua maior queda do ano. Um índice do Goldman Sachs de empresas de tecnologia deficitárias subiu 3,2%, enquanto as ações mais vendidas em short aumentaram 3,8%. O Bitcoin foi negociado próximo a US$ 100.000.

O CPI dos EUA subiu menos que o esperado em dezembro, reforçando expectativas de cortes de juros pelo Fed mais cedo do que o previsto. Traders de swaps agora precificam totalmente um corte de juros até julho. Esta foi uma mudança rápida após os dados robustos de emprego de sexta-feira, que haviam gerado especulações de que o afrouxamento monetário só seria retomado em setembro ou outubro, com algumas apostas até mesmo em altas de juros.

  • S&P 500: Subiu 1,8%.
  • Nasdaq 100: Ganhou 2,3%.
  • Dow Jones: Avançou 1,7%.
  • Magnificent Seven: Índice de gigantes da tecnologia subiu 3,7%.
  • Russell 2000: Ganhou 2%.
  • KBW Bank Index: Subiu 4,1%, com destaque para Citigroup, Goldman Sachs, Wells Fargo e JPMorgan, que iniciaram a temporada de resultados.

O rendimento dos Treasuries de 10 anos caiu 15 pontos-base, para 4,64%. O dólar recuou 0,2%. Mesmo após o cessar-fogo entre Israel e Hamas, encerrando temporariamente a guerra em Gaza, os preços do petróleo permaneceram altos.

Ibovespa

O Ibovespa subiu pela terceira sessão consecutiva, fechando em alta de 2,81% aos 122.650,20 pontos, impulsionado por dados dos EUA que reforçaram expectativas de cortes de juros pelo Fed. Apenas duas ações do índice registraram queda.

No Brasil, o volume de serviços recuou 0,9% em novembro, abaixo das expectativas (-0,3%). O secretário do Tesouro destacou que as contas públicas de 2024 estão dentro da meta fiscal, enquanto o presidente Lula e o ministro Haddad discutiram a sanção da reforma tributária.

Destaques do Ibovespa:

  • Altas:

    • Hapvida (HAPV3): Subiu mais de 10%.
    • Marcopolo (POMO3): Continuou em alta após recomendação do Citi.
    • Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4; PETR3): Ganhos acima de 1%, impulsionados por commodities.
    • Bancos: Subiram em bloco com apetite ao risco.
  • Negativas:

    • Marfrig (MRFG3) e Klabin (KLBN11): Únicas quedas, impactadas pela exposição ao mercado internacional e recuo do dólar (-0,35%, a R$ 6,0252).

Commodities:

  • Minério de ferro: Subiu 0,71%, a 782,5 yuans por tonelada na China.
  • Petróleo: Avançou quase 3% com projeção de maior demanda pela OPEP e queda nos estoques dos EUA.

Dólar

O dólar à vista caiu 0,35%, fechando a R$ 6,0252, acompanhando a desvalorização da moeda americana no exterior, impulsionada pela desaceleração no núcleo do CPI dos EUA (de 0,3% para 0,2% em dezembro) e pela queda no índice Empire State de atividade industrial (-12,6). 

Essas condições reacenderam apostas de cortes de juros pelo Fed. No entanto, preocupações com a política econômica de Trump e incertezas fiscais no Brasil limitaram uma queda maior. O dólar futuro para fevereiro recuou 0,72%, a R$ 6,0390. No exterior, o índice DXY caiu 0,17%, enquanto o euro e a libra tiveram pequenas oscilações.

Juros

Os juros futuros recuaram nesta quarta-feira, impulsionados pela queda do dólar e dos Treasuries após o CPI dos EUA indicar desaceleração da inflação e o índice Empire State mostrar fraqueza na atividade industrial. No Brasil, a queda do setor de serviços em novembro (-0,9%) acima do esperado, junto com outros dados econômicos, reforçou o cenário de desaceleração. O déficit do Governo Central em novembro (R$ 4,515 bilhões) também veio melhor que o esperado (-R$ 6,5 bilhões), contribuindo para o movimento de baixa.

Destaques dos DIs no fechamento:

  • Jan/26: 14,815% (ante 14,865%)
  • Jan/27: 14,995% (ante 15,140%)
  • Jan/29: 14,830% (ante 15,060%)
  • Jan/31: 14,720% (ante 14,950%)
  • Jan/33: 14,580% (ante 14,820%)
Time Investfy

Escrito por Murilo

Amigo do clube, cuido da experiência dos membros Investfy.
Fã do mercado financeiro.

Investfy crew.

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