Ações de Tech sofrem com Meta, que decepciona – Resumo dos Mercados
30 de outubro de 2024
Uma onda de vendas no setor de chips puxou as ações para baixo, com traders avaliando resultados corporativos e dados econômicos. No pós-mercado, Meta Platforms caiu, enquanto Microsoft subiu após divulgar resultados.
O ETF de US$ 300 bilhões que acompanha o Nasdaq 100 (QQQ) ampliou as perdas após o fechamento, com a Meta caindo 3% devido a uma previsão de gastos que não animou os investidores, apesar de um aumento nas vendas. A Microsoft subiu 1% graças ao crescimento acima do esperado de sua área de computação em nuvem e do software Office.
As ações enfrentaram dificuldades na quarta-feira, com o índice de empresas de semicondutores caindo 3,4%, influenciado por quedas na Nvidia e resultados abaixo do esperado da Advanced Micro Devices. A Alphabet subiu 2,9% com vendas acima do previsto.
Traders reduziram apostas em afrouxamento da política monetária após dados mostrarem que a economia dos EUA cresceu em ritmo forte no terceiro trimestre, com aumento no consumo das famílias e crescimento nos gastos federais em defesa, antes das eleições. A inflação subjacente subiu 2,2%, alinhando-se com a meta do Federal Reserve.
O S&P 500 caiu 0,3%, o Nasdaq 100 recuou 0,8% e o Dow Jones caiu 0,2%. Construtoras de imóveis subiram com o aumento das vendas pendentes nos EUA, o maior nível desde 2020. Visa subiu com resultados fortes, enquanto Eli Lilly caiu após revisar para baixo suas previsões devido à lenta venda de seu medicamento para perda de peso.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos, mais sensíveis às movimentações do Fed, subiram sete pontos-base, para 4,16%.
Os títulos do Reino Unido caíram após investidores reagirem com cautela ao plano do novo governo para uma emissão de dívida historicamente alta, visando financiar investimentos e estimular a economia, o que pode elevar as taxas de juros de longo prazo. O petróleo recuperou valor.
Balanços EUA
Meta (Resultados do 3º Trimestre de 2024)
- EPS: US$ 6,03, estimativa: US$ 5,25
- Receita: US$ 40,59 bilhões, estimativa: US$ 40,25 bilhões
- Receita de anúncios: US$ 39,89 bilhões, estimativa: US$ 39,71 bilhões
- Receita da Reality Labs: US$ 270 milhões, estimativa: US$ 312,8 milhões
- Rendimento operacional: US$ 17,35 bilhões, estimativa: US$ 16,24 bilhões
- Rendimento operacional da Family of Apps: US$ 21,78 bilhões, estimativa: US$ 20,47 bilhões
- Perda operacional da Reality Labs: US$ 4,43 bilhões, estimativa de perda: US$ 4,66 bilhões
- Projeção de receita para o 4º trimestre: entre US$ 45 e US$ 48 bilhões, estimativa: US$ 46,09 bilhões
- Projeção de despesas totais para o ano: entre US$ 96 bilhões e US$ 98 bilhões, previsão anterior: US$ 96 bilhões a US$ 99 bilhões
- Projeção de CAPEX anual: entre US$ 38 bilhões e US$ 40 bilhões, previsão anterior: US$ 37 bilhões a US$ 40 bilhões, estimativa: US$ 38,06 bilhões
Microsoft (Resultados do 1º Trimestre Fiscal de 2025)
- Receita: US$ 65,6 bilhões, estimativa: US$ 64,51 bilhões
- EPS: US$ 3,30, estimativa: US$ 3,11
- Receita da nuvem: US$ 38,9 bilhões, estimativa: US$ 38,11 bilhões
- Receita da nuvem inteligente: US$ 24,09 bilhões
Juros
Os juros futuros tiveram oscilações leves nesta quarta-feira, enquanto investidores aguardam detalhes sobre o pacote de corte de gastos do governo. Os ministros Fernando Haddad e Rui Costa alinharam discursos, indicando consenso entre as áreas econômica e política sobre a necessidade de redução fiscal.
Simone Tebet reforçou a urgência do governo em definir as medidas. No fechamento, os principais contratos de DI mostraram leve recuo nas taxas, com destaque para o DI de janeiro de 2026 a 12,735% e janeiro de 2027 a 12,880%.
Dólar
O dólar encerrou o dia praticamente estável, com investidores aguardando definições sobre o pacote de corte de gastos do governo. A moeda apresentou alguma volatilidade pela manhã devido à incerteza fiscal e à formação da taxa Ptax.
Dados econômicos dos EUA e do orçamento do Reino Unido também influenciaram o câmbio, especialmente em relação à libra. No início da tarde, o dólar se acomodou após declarações de Fernando Haddad e Simone Tebet sobre a urgência e convergência nas medidas fiscais. O dólar à vista fechou com leve alta de 0,03%, a R$ 5,7634.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira com leve baixa de 0,07%, aos 130.639,33 pontos, com volume financeiro reduzido, enquanto investidores aguardam o pacote de corte de gastos do governo.
Declarações de consenso entre o ministro Fernando Haddad e a Casa Civil reforçam as expectativas de medidas fiscais. As blue chips tiveram desempenho misto, com Petrobras e Vale recuando, enquanto os bancos, em sua maioria, fecharam em alta. A Weg liderou as perdas após um balanço abaixo das expectativas.
Destaque das Ações:
Quedas:
- Weg: -5,16%, a R$ 54,00
- Embraer: -2,08%, a R$ 49,08
- IRB: -1,73%, a R$ 43,14
- Petrobras ON: -0,87%, a R$ 38,88
- Petrobras PN: -0,44%, a R$ 35,85
- Vale: -0,30%, a R$ 62,47
- Itaú: -0,28%, a R$ 35,25
Altas:
- CVC: +4,35%, a R$ 2,16
- Magazine Luiza: +4,01%, a R$ 9,60
- Carrefour: +3,32%, a R$ 7,47
- Santander: +2,04%, a R$ 27,95
- Banco do Brasil: +0,76%, a R$ 26,37
- Bradesco ON: +0,30%, a R$ 13,19
- Bradesco PN: +0,33%, a R$ 15,03