Ações sobem no dia das eleições – Resumo dos mercados
5 de novembro de 2024
EUA
As ações subiram enquanto as negociações iniciaram em meio à corrida presidencial que trará grandes consequências para a política econômica.
As maiores empresas de tecnologia lideraram os ganhos, com o S&P 500 subindo 1,2% e o índice das “Sete Magníficas” de megacaps avançando 1,8%. Os títulos do Tesouro apresentaram desempenho misto, com os de curto prazo abaixo dos de longo prazo após um relatório positivo sobre o setor de serviços dos EUA. O dólar estendeu as perdas pelo segundo dia consecutivo.
Wall Street se preparava para uma longa noite de contagem de votos potencialmente acirrada e oscilações intensas, independentemente do resultado. Estrategistas do Goldman Sachs apontaram a possibilidade de um surto de volatilidade no pós-eleição, mas destacaram o cenário econômico resiliente dos EUA, que provavelmente sustentará as ações no longo prazo.
Dólar
O dólar caiu em relação ao real nesta terça-feira, refletindo o otimismo dos investidores com o possível anúncio de medidas de corte de gastos pelo governo brasileiro. A moeda americana chegou a subir pela manhã, mas recuou após a notícia de antecipação de uma reunião no Planalto, sinalizando a urgência do ministro Fernando Haddad em implementar o pacote fiscal.
A presença de ministros de áreas não econômicas foi vista como indicação de cortes abrangentes, incluindo setores considerados sensíveis. No exterior, o dólar também enfraqueceu frente a outras moedas, enquanto os investidores aguardam as eleições nos EUA e reagiram a um dado positivo de serviços, aumentando as expectativas de um corte de 25 pontos-base nos juros do Fed. O dólar à vista fechou em baixa de 0,60%, a R$ 5,7484, e o dólar futuro para dezembro recuou 0,76%, para R$ 5,7610.
Juros
Os juros futuros caíram nesta terça-feira, com o mercado reagindo positivamente à expectativa de um pacote abrangente de cortes de gastos pelo governo. Após uma alta inicial, as taxas viraram no início da tarde com a antecipação de uma reunião no Planalto para discutir o pacote fiscal, sinalizando agilidade nos cortes.
A convocação de ministros de áreas não econômicas reforçou a percepção de cortes amplos. A proximidade da reunião do Copom não afetou as taxas, já que o mercado já espera uma alta de 0,5 ponto percentual na Selic. No fechamento, as principais taxas dos DIs registraram quedas, com destaque para o DI de janeiro de 2029, que atingiu a mínima do dia em 12,930%.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira praticamente estável, em alta leve de 0,11%, aos 130.660,75 pontos, com volume financeiro de R$ 19,3 bilhões. O otimismo com o possível anúncio do pacote de corte de gastos do governo continuou a influenciar o mercado, junto com a antecipação de reuniões no Planalto.
Entre as maiores altas, o Itaú subiu 3,00% após a divulgação de um balanço positivo do terceiro trimestre. Em contrapartida, Vale recuou 0,88%, Petrobras ON caiu 0,50% e Petrobras PN cedeu 0,31%. O dólar também recuou 0,60%, a R$ 5,7484, e os juros futuros continuaram em queda, com o DI para janeiro de 2026 fechando a 12,815%.
Ações em destaque:
- Altas
- Itaú: +3,00% (R$ 36,34)
- Baixas
- Vale: -0,88% (R$ 62,12)
- Petrobras ON: -0,50% (R$ 38,15)
- Petrobras PN: -0,31% (R$ 35,39)