24 de setembro de 2024
As ações dos EUA mantiveram seus ganhos, impulsionadas por uma alta nas ações da Nvidia, enquanto os traders ignoraram em grande parte um relatório sombrio sobre a confiança do consumidor.
O índice S&P 500 subiu 0,3%, marcando seu 41º recorde de fechamento; o índice de blue chips Dow Jones Industrial Average ganhou 0,2%, enquanto o Nasdaq 100, com forte presença de tecnologia, aumentou 0,5%. Um pacote de estímulo massivo da China ajudou a sustentar as ações com laços econômicos com o país.
Os índices inicialmente caíram após a leitura de terça-feira do índice de confiança do consumidor do Conference Board, que mostrou a maior queda desde agosto de 2021, mas reverteram o curso após um relatório de que o CEO da Nvidia havia parado de vender ações. Isso impulsionou o preço das ações da empresa em cerca de 4%, elevando o S&P 500.
O relatório de confiança do consumidor levantou preocupações sobre uma desaceleração no mercado de trabalho, e os dados de manufatura também foram mais fracos do que o esperado.
Após os dados, os traders de swaps aumentaram suas apostas em mais de três quartos de um ponto de flexibilização da política até o final do ano, sugerindo pelo menos mais um grande corte.
Petróleo
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta devido ao otimismo nos mercados após o Banco Popular da China anunciar medidas de estímulo econômico, que incluem a redução das taxas de juros sobre empréstimos hipotecários existentes e o corte na taxa de exigência de reservas em 0,50 ponto percentual.
O petróleo Brent para novembro subiu 1,68%, a US$ 75,17 o barril, e o WTI para novembro aumentou 1,69%, a US$ 71,56 o barril.
As medidas incluem a redução de juros sobre empréstimos hipotecários e um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de exigência de reservas. Além disso, os agentes estão atentos às tensões no Oriente Médio.
Brasil
As ações da Vale (+4,88%) e de empresas do setor de metais dispararam, impulsionando o Ibovespa, que avançou 1,22%, fechando aos 132.155,76 pontos, com volume negociado de R$ 23 bilhões. O clima positivo também levou à queda dos juros futuros (DI Jan/29 a 12,26%), influenciados por fatores internos.
A ata do Copom foi considerada “hawkish” pelo mercado, destacando a dependência de dados, e o presidente do Banco Central, Campos Neto, afirmou que a inflação é preocupante, mas que o mercado está exagerando na questão fiscal.
No câmbio, o dólar recuou ante o real (-1,31%, cotado a R$ 5,4628), enquanto também perdeu valor frente a outras moedas (DXY -0,47%) após a confiança do consumidor dos EUA cair mais do que o esperado, o que pressionou os Treasuries (T-note de 2 anos a 3,53%).