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O fluxo que AINDA está fora da bolsa

A bolsa está na máxima, mas um grupo importante de players ficou fora da festa.

Nos últimos anos, os fundos locais sofreram saques expressivos, a indústria de fundos no Brasil encolheu de forma consistente. Não é uma opinião, é um fato.

A concorrência da renda fixa é forte e cruel. E essa é a base do gráfico abaixo.

O fluxo que sustentou o mercado e levou o Ibovespa aos patamares atuais veio do estrangeiro. Desde o início do ano, uma rotação global de portfólios tem direcionado capital para emergentes.

Valuations atrativos, diversificação cambial e, principalmente no caso do Brasil, um diferencial de juros gigantesco explicam o movimento.

Não se trata de precificação eleitoral, longe disso.

Na verdade, esse movimento ainda nem começou de fato. 

O Brasil subiu em linha com os emergentes. Ou seja, não é um rally de Brasil, é um rally de emergentes.

Tecnicamente, considerando o posicionamento do player local, nosso mercado está leve. E isso abre espaço para uma nova perna de valorização caso o investidor doméstico volte à mesa.

Mas para isso acontecer, algo precisa mudar: a estrutura.

A taxa de juros só cairá de forma consistente com reformas estruturais. É nesse ponto que o contexto eleitoral passa a importar.

Não pela narrativa de “quem ganha”, mas pelo que pode mudar em Brasília, e pelo quanto essas mudanças podem destravar um novo ciclo de queda estrutural dos juros e realocação de capital da renda fixa para a renda variável

Agora, o movimento é de emergentes; em breve, poderá ser também local.

João Ascoli

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Escrito por João Ascoli

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