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Quando a Pressa Custa Caro: A Importância da Educação Financeira

💸 O preço da falta de conhecimento

Nos últimos tempos, vários episódios deixaram claro como a falta de preparo financeiro cobra seu preço: perdas significativas em criptomoedas, COEs e operações com índice, dólar, ações e derivativos. A busca por ganhos rápidos substitui o aprendizado e acaba, na maioria das vezes, em prejuízo.

O desejo de ganhos rápidos também se reflete nas apostas esportivas online. De acordo com a 8ª edição do Raio-X do Investidor Brasileiro, feita pela Anbima em parceria com o Datafolha, em 2024 15% dos brasileiros fizeram apostas online, número que ultrapassa o de investidores em ações e fundos. O estudo também revelou que 3 milhões de apostadores (12%) têm alta tendência ao vício.

Esses exemplos mostram que a falta de conhecimento financeiro leva à exposição a riscos desnecessários.

📉 O retrato do endividamento

O Brasil vive um quadro preocupante de inadimplência: segundo um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 43% da população adulta está com contas em atraso, o equivalente a 71 milhões de pessoas.

Grande parte desses casos nasce da falta de controle financeiro básico, desconhecimento sobre crédito, juros e planejamento. Sem educação financeira formal, é comum confundir investimento com aposta, aumentando o risco de prejuízo.

🏦 Falsa segurança e medo de investir

O medo de perder leva muitos brasileiros a preferirem a poupança (entre os que aplicam, 26%), mesmo com rendimentos abaixo da inflação.

E muitos preferem guardar dinheiro em casa, hábito que representa 3% da população — mais do que os investidores em ações (apenas 2%).

Medo e desinformação limitam decisões e perpetuam hábitos que não protegem nem fazem o dinheiro render.

🧭 Soluções e caminhos para segurança financeira

Abaixo destacamos algumas sugestões que podem ajudar na organização das finanças e a investir com mais segurança:

  • Educação financeira contínua: estudar conceitos básicos de juros, inflação, risco e planejamento.
  • Controle do orçamento: acompanhar receitas e despesas, evitando endividamento.
  • Reserva de emergência: proteger-se contra imprevistos antes de investir.
  • Investimentos conscientes: começar devagar, respeitando perfil e objetivos.
  • Buscar profissionais sérios e confiáveis, que ajudam a evitar armadilhas e decisões impulsivas.
  • Evitar atalhos e promessas de lucro rápido: ganhos consistentes exigem paciência, disciplina e conhecimento.

📘 Conclusão

Os recentes prejuízos divulgados pela mídia em vários produtos financeiros mostram que quem busca ganhos rápidos sem preparo financeiro está sujeito a grandes perdas. Mais do que escolher onde investir, é preciso entender o próprio perfil, o momento de vida, o que se está fazendo e se proteger.

No fim das contas, o conhecimento continua sendo o investimento mais seguro e rentável que o investidor pode buscar.

Iniciante Observador

Escrito por André Guerreiro Castro

Sou um investidor que busca tranquilidade e rentabilidade nos investimentos, de maneira sustentável.
Acredito que temos muito a avançar no quesito Educação Financeira no país.
Falar sobre investimentos é uma das minhas paixões. Sou um curioso nato e gosto de aprender, e gosto especialmente da parte fundamentalista (principalmente de empresas que pagam proventos).
Participo de algumas comunidades nesse sentido, inclusive temos um projeto, o Saber Investir Bem.

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