Trading – O dinheiro fácil mais difícil que existe

Fala pessoal, como estão?

Hoje venho dissertar sobre um tema que gosto bastante: Trading. Aqui no clube temos vários traders, com vários operacionais diferentes, modos de gestão de risco, que operam classes distintas… Mas todos, no fundo, fazemos a mesma coisa: Especular.

Hoje, no clube, temos traders em vários patamares distintos. Iniciantes, intermediários e avançados. Todos, no final das contas, sabemos que a trajetória não é fácil. Talvez quem está ainda bem no início não tenha se dado conta, mas em breve saberá.

Cada vez mais, vemos traders entrando no mercado da forma errada, com uma ilusão ou utopia vendida. Eu fui um desses caras. Não entrei pela ilusão, mas comecei da pior forma possível, com os piores ensinamentos que poderia ter. Basicamente, tudo que ensinamos a não ser feito, estava no meu primeiro curso como sendo o correto.

Entretanto, na angústia e frustração após a minha primeira experiência no mercado, achei uma paixão e a convicção de que era possível, apenas não da forma como estava fazendo.

Com o passar do tempo, fui evoluindo e, principalmente, me cercando de pessoas boas que contribuíram de forma expressiva na minha jornada. Aqui no clube, sem dúvidas, vocês estão bem amparados nesse aspecto. Enfim, vamos ao X da questão: Trading de forma profissional.

Na minha percepção, trading é baseado em um tripé: Sistema Operacional, Gerenciamento de Risco e Comportamento. Vamos iniciar falando sobre o Sistema Operacional.

Sistema Operacional:

Um dos maiores erros que vejo traders em desenvolvimento cometer é não ser fiel a um operacional, não dar o tempo de maturação exigido. Tudo, na vida, exige dedicação e tempo para ser desenvolvido. Trading não é diferente. A partir do momento que você encontrou um operacional, ativo e um período que se sente confortável e sabe que tem expectativa positiva, desenvolva-se nisso. Seja um especialista, não um generalista. Não importa se você é Swing Trader, Day Trader, Investidor. Seja fiel ao que se comprometeu.

No mercado financeiro, temos milhares de ativos, várias escolas de análise (Técnica, Fluxo, Quantitativa, etc) e infinitos operacionais. É impossível e improdutivo tentar dominar tudo. Escolha algo que você se da bem, a partir disso, domine-o. Entenda o ativo que opera, estude o histórico do seu operacional, analise os seus trades passados, a fim de entender seus erros e evoluir sua execução.

Gerenciamento de risco:

Talvez este seja o tópico mais comentado entre os traders, mas, mesmo assim, o mais negligenciado. Todos queremos planejar aumento de mão, ganhar mais dinheiro, mas nem sempre pensamos no mais importante: o risco. Esse tema é, de certa forma, complicado. O fato de cada um de nós ter uma realidade distinta, capitais disponíveis distintos, torna o assunto subjetivo. Não existe receita pronta para o gerenciamento, é individual para cada um. Entretanto, existem algumas constantes, que vamos explorar agora.

A primeira coisa que é primordial a assimilação, é que isso não é uma prova de 100 metros, é uma maratona. Nenhum trade vai (ou deveria) mudar sua vida do dia pra noite. Entretanto, um trade pode facilmente arruinar seu capital, caso a ganância venha a governar suas decisões. O fato de vermos, constantemente, pessoas fazendo montantes enormes de dinheiro, acompanharmos a entrada e saída de dinheiro de nossas contas de forma rápida, gera um falso sentimento de que podemos fazer um resultado enorme de forma rápida no mercado, dando gatilho a ganância entrar em ação.

O que devemos, no entanto, é tratar o trading como uma empresa. Fazer um planejamento para que nenhum trade, jamais, exponha-nos ao risco da ruína. Separe seu capital de trading, antes de tudo, do seu dinheiro investido. Ambos devem estar em caixas separadas que não se comunicam. Feito isso, defina o risco máximo que aceita correr por operação e por período, se achar cabível.

Uma cosia importante a ser dita é que o limite de risco que você julgar aceitável deve atender ao gerenciamento de risco do seu capital e ao seu limite pessoal de aceitação. Muitas pessoas, por exemplo, tem um capital que permite perder R$10.000,00 numa operação, mas não necessariamente estão preparadas psicologicamente para essa perda. Nenhum resultado negativo deve tirar seu sono ou impactar o seu julgamento em uma operação futura. Saiba seus limites.

Comportamento:

Este, sem dúvidas, é o principal na minha visão. Poderia ficar dias aqui escrevendo sobre esse tópico que tanto gosto. Por que gosto tanto? Porque foi ( e ainda é ) o meu maior desafio no trading. O início de tudo é o autoconhecimento.

Para identificarmos o que está nos travando, precisamos ter autoconhecimento. Identificar os maus hábitos que temos, os erros operacionais, o que nos leva a perder a cabeça no mercado. Para isso, recomendo o constante estudo das operações feitas, um “debriefing”, ou seja, uma análise pessoal após as operações realizadas. Identificar o problema é o primeiro passo para solucioná-lo.

Após identificar os erros que estão sendo cometidos, precisamos ter o controle interno para que eles não se repitam. Precisamos estar em constante vigilância do que fazemos. Trading, como eu disse, é uma maratona. Não acredito que um trader SEJA consistente, mas sim ESTEJA consistente. Um problema pessoal mal resolvido, um dia de fúria, inúmeras coisas podem levar um trabalho de meses ou anos para o ralo.

Por isso, reforço: Autoconhecimento é a chave. Saiba identificar, além de quando operar, quando não operar. 

Todos aqui no clube estamos cercados de pessoas com vasta experiência operacional. Se você está com um problema ou passando por uma fase ruim, a chance de outros terem passado pelo mesmo problema é enorme. Estamos aqui para auxiliarmos uns aos outros, e evoluirmos juntos.

Espero que tenham gostado desse tipo de conteúdo, grande abraço!