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Está na hora de descer do palanque

A eleição presidencial acabou, por sinal, há meses, e está na hora de nosso presidente descer do palanque.

Sabem o que também terminou? A paciência do mercado com o governo.

A retórica, quando positiva, até pode ser transformada em preço, mas desde que mercado e governo ainda estejam em cenário de lua de mel. Não é o caso.

A melhor imagem, se é que podemos utilizar esse termo, para retratar o momento é a cotação do dólar: renovando máximas diariamente. Sim, algumas declarações do próprio Banco Central também não ajudaram, mas isso é ínfimo perto da responsabilidade do governo.

Precisamos de medidas concretas, algo difícil de ser feito ainda este ano. Para quem conhece Brasília, o ano político “prático” terminou. Começa a articulação para as eleições municipais, base para as majoritárias de 2026, e também um “belo” ensejo de gastos para o governo.

Dólar alto é refletido em preços, que, ao subirem, batem diretamente no bolso do eleitor. Uma equação nada fácil de ser absorvida.

Não espero uma solução rápida, até porque ela não existe. As medidas concretas, aquelas que realmente fazem preço, devem ficar para 2025. Nos resta esperar uma arrefecida na retórica.

É hora de o governo descer do palanque e entender que o conflito, aquela tentativa de divisão, não resolve o problema. Acalmar os ânimos não soluciona problemas estruturais, mas diminui a volatilidade de curto prazo.

Não é tudo, precisamos de muito mais, mas seria um bom começo.

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Escrito por João Ascoli

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