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Fed, Copom e Big Techs movimentam mercados; dólar cai

Gigantes das Big Tech caem após fechamento do mercado devido a decepções nos lucros – Resumo do Mercado dos EUA

29 de janeiro de 2025

As ações caíram e os rendimentos dos títulos subiram, embora ambos tenham reduzido oscilações mais intensas após os receios iniciais de que o Federal Reserve estivesse mais preocupado com a inflação terem sido amenizados pelo presidente Jerome Powell em uma coletiva de imprensa.

O S&P 500 recuou cerca de 0,5%, após brevemente se aproximar de 1% de queda. O setor de Big Tech continuou sob pressão antes do início da temporada de balanços. Microsoft caiu 4% após não atingir as projeções de receita em nuvem, e a Tesla também recuou 4% devido a resultados fracos.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) manteve a taxa básica de juros no intervalo de 4,25% a 4,5%. No comunicado, os dirigentes repetiram que a inflação continua “ligeiramente elevada”, mas removeram a referência ao progresso em direção à meta de 2%. Mais tarde, Powell esclareceu que a mudança foi apenas uma decisão de simplificação da frase e não tinha a intenção de enviar qualquer sinal relevante.

O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos subiu dois pontos-base, para 4,55%. O dólar canadense (loonie) se recuperou após o Banco do Canadá reduzir as taxas de juros, mas sem fornecer mais informações sobre os custos futuros de empréstimos.

COPOM

O Copom decidiu, de forma unânime, elevar a Selic em 1,00 ponto percentual, para 13,25% ao ano, em resposta à desancoragem das expectativas de inflação, resiliência da atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. O cenário externo segue desafiador, especialmente devido à política monetária dos EUA, enquanto, no Brasil, a inflação segue acima da meta e as expectativas para 2025 e 2026 subiram para 5,5% e 4,2%, respectivamente.

O Comitê reforçou a necessidade de uma política monetária mais contracionista para garantir a convergência da inflação para a meta, acompanhando o impacto da política fiscal sobre os ativos financeiros.

Perspectiva para a próxima reunião:
O Copom antecipa um novo aumento de 1,00 pp na próxima reunião, desde que o cenário inflacionário se mantenha como esperado. Além disso, o tamanho total do ciclo de alta dependerá da evolução da inflação, das projeções futuras e dos riscos macroeconômicos.

Ibovespa

O Ibovespa teve um dia de cautela antes das decisões do Fed e do Copom, fechando em queda de 0,50%, aos 123.432,12 pontos, com um volume financeiro reduzido de R$ 14,9 bilhões.

As ações da Petrobras caíram acompanhando o petróleo (ON: -1,00%, R$ 40,57 | PN: -0,62%, R$ 36,90), enquanto a Vale teve leve alta após bons dados de produção e vendas (+0,28%, R$ 52,80).

Os bancos recuaram diante da proposta do governo para o consignado privado:

  • Bradesco PN: -1,03% (R$ 11,51)
  • Santander: -0,76% (R$ 24,78)
  • Bradesco ON: -0,56% (R$ 10,58)
  • Banco do Brasil: -0,33% (R$ 27,44)
  • Itaú: -0,24% (R$ 33,22)

 Maiores Altas:

  • Petz: +2,90% (R$ 4,97)
  • RD Saúde: +2,14% (R$ 21,45)
  • Rumo: +1,88% (R$ 17,91)

 Maiores Quedas:

  • Localiza: -3,79% (R$ 30,18)
  • Automob: -3,23% (R$ 0,30)
  • Braskem: -2,67% (R$ 14,21)

Dólar

O dólar teve um dia volátil, caindo para R$ 5,84 no início da sessão, subindo em seguida e recuando no final, fechando com leve baixa de 0,06% a R$ 5,8662. O movimento ocorreu após declarações de Jerome Powell, que minimizou a ausência de referências ao progresso da inflação no comunicado do Fed, mantendo a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano. Analistas também apontam que operações de carry trade com o real ajudaram a pressionar a moeda, diante da expectativa de alta na Selic.

Cotações:

  • Dólar à vista: R$ 5,8662 (mín: R$ 5,8427 / máx: R$ 5,8883)
  • DXY: +0,10% (107,978)
  • Euro: -0,09% (US$ 1,0419)
  • Libra: +0,04% (US$ 1,2448)

Juros

Os juros futuros registraram alta moderada nesta quarta-feira, acompanhando o movimento dos Treasuries americanos, enquanto o mercado aguarda o comunicado do Copom. A decisão do Fed de manter os juros não trouxe surpresas, mas Jerome Powell reforçou a cautela sobre cortes, aguardando uma queda sustentável da inflação para 2%. No Brasil, a expectativa pela Selic em 13,25% ao ano já estava precificada.

Destaques dos DI’s:

  • DI Jan/26: 15,180% (↑ de 15,135%)
  • DI Jan/27: 15,375% (↑ de 15,310%)
  • DI Jan/29: 15,115% (↑ de 15,065%)
  • DI Jan/31: 15,060% (↑ de 15,020%)
  • DI Jan/33: 14,980% (↑ de 14,940%)
Time Investfy

Escrito por Murilo

Amigo do clube, cuido da experiência dos membros Investfy.
Fã do mercado financeiro.

Investfy crew.

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