As ações caíram antes da decisão de taxa de juros do Federal Reserve.
Resumo do Mercado dos EUA – 17 de dezembro de 2024
O S&P 500 e o Nasdaq 100 caíram 0,4%, enquanto o Dow Jones registrou sua mais longa sequência de perdas desde 1978. O rendimento do Treasury de 10 anos permaneceu estável em 4,40%.
Dados recentes mostraram que as vendas no varejo nos EUA cresceram em novembro, destacando a resiliência do consumidor. Apesar disso, o relatório não afetou as expectativas de que o Federal Reserve reduza as taxas de juros nesta semana. Ian Lyngen, do BMO Capital Markets, acredita que o banco central preparará o mercado para uma pausa no início do próximo ano. Também foi divulgado um declínio inesperado na produção industrial em novembro, marcando a terceira queda mensal consecutiva.
Os investidores agora aguardam a decisão final do Fed sobre as taxas de juros, agendada para quarta-feira. Espera-se amplamente um corte de 0,25 ponto percentual, mas as ações futuras do banco permanecem incertas. Embora a economia dos EUA continue resiliente, a possibilidade de tarifas de importação inflacionárias, sugeridas pelo governo de Donald Trump, pode fazer o Fed reconsiderar o ritmo de cortes no futuro.
Brian Moynihan, CEO do Bank of America, afirmou à Bloomberg TV que espera que o Fed reduza as taxas de juros para 3,75%, o que representaria mais três cortes a partir dos níveis atuais.
Ibovespa
Resumo do Mercado:
O dia foi marcado por expectativas positivas no cenário doméstico e volatilidade nos mercados. A divulgação da ata do Copom reforçou uma postura dura do Banco Central, com sinalização de novas altas da Selic, preocupando o mercado com o impacto fiscal. A virada decisiva veio após o anúncio do presidente da Câmara, Arthur Lira, de colocar em votação a reforma tributária e o pacote fiscal, impulsionando o Ibovespa e aliviando dólar e juros futuros.
Destaques das Ações:
- Vale (VALE3): +0,50%
- Petrobras (PETR4): +0,95%
- Bradesco (BBDC4): +0,76%
- Lojas Renner (LREN3): +0,83%
- Magazine Luiza (MGLU3): -3,74%
- GPA (PCAR3): -8,39%
- Embraer (EMBR3): +1,98%
- Hapvida (HAPV3): -11,28% (maior queda do dia)
Tendências: A notícia vinda do Congresso trouxe ânimo ao mercado, favorecendo ações de commodities e bancos. Em contrapartida, varejo ficou misto, e Hapvida liderou as quedas por preocupações regulatórias.
Dólar
O dólar fechou quase estável nesta terça-feira, após atingir um novo recorde intradiário de R$ 6,2073 pela manhã, impulsionado pela preocupação com o pacote fiscal e a demanda sazonal por remessas de fim de ano.
- O BC atuou com dois leilões à vista, injetando US$ 3,287 bilhões no mercado, o que ajudou a acalmar o câmbio.
- A moeda americana zerou a alta após Arthur Lira anunciar a votação da regulamentação da reforma tributária e parte do pacote fiscal.
- O dólar à vista fechou em R$ 6,0961 (+0,04%), após oscilar entre R$ 6,0581 e R$ 6,2073.
- O dólar futuro para janeiro caiu 0,82%, a R$ 6,1080.
- Exterior:
- Índice DXY: +0,08% (106,945 pontos)
- Euro: -0,20% (US$ 1,0489)
- Libra: +0,25% (US$ 1,2712)
Motivação: A atuação do BC e a sinalização de Lira trouxeram alívio ao mercado cambial.
Juros
Resumo do Mercado de Juros Futuros:
Os juros futuros apresentaram correção ao devolver prêmios em quase toda a curva, após uma sessão volátil. O movimento foi influenciado pelo alívio no câmbio, em resposta à intervenção do Banco Central e declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a votação do pacote fiscal e da regulamentação da reforma tributária.
Destaques dos DIs:
- DI Jan/26: 15,115% (anterior: 15,065%)
- DI Jan/27: 15,410% (anterior: 15,520%)
- DI Jan/29: 15,050% (anterior: 15,270%)
- DI Jan/31: 14,710% (anterior: 14,990%)
- DI Jan/33: 14,450% (anterior: 14,750%)
Tendência: Redução das taxas em prazos mais longos, com correção e alívio influenciados pela expectativa de avanço na pauta fiscal.