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Mercado fecha misto com dólar, juros e ações em foco

Waller apoia corte em dezembro – Resumo dos Mercados

2 de dezembro de 2024

Uma alta nas maiores empresas de tecnologia do mundo levou as ações a novos recordes históricos, enquanto operadores de Wall Street se preparam para uma enxurrada de dados econômicos e declarações de dirigentes do Federal Reserve que ajudarão a definir as perspectivas para as taxas de juros.

O S&P 500 registrou seu 54º recorde de fechamento do ano, em um avanço modesto que viu apenas alguns setores terminarem em alta. O Nasdaq 100, focado em tecnologia, subiu mais de 1%, com a Tesla liderando os ganhos entre as megacaps e a Apple atingindo uma nova máxima histórica. Os rendimentos dos Treasuries reduziram perdas após o membro do Fed, Waller, declarar sua inclinação para votar a favor de um corte na taxa de juros em dezembro, com os mercados futuros precificando mais de 70% de probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual este mês.

O S&P 500 avançou 0,2%. O Nasdaq 100 subiu 1,1%. O Dow Jones caiu 0,3%.

Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos subiram dois pontos-base, para 4,19%. O dólar interrompeu uma sequência de três dias de perdas após um alerta de Donald Trump, presidente eleito, direcionado às nações do BRICS. Na França, títulos e ações enfrentaram nova pressão depois que Marine Le Pen prometeu derrubar o governo do primeiro-ministro Michel Barnier por não atender suas exigências em relação ao novo orçamento.

Dólar

O dólar atingiu novos recordes de fechamento e máxima intradiária frente ao real nesta segunda-feira, pressionado por fatores externos e internos. No cenário global, a ameaça de Donald Trump de taxar em até 100% produtos do BRICS, caso o bloco avance na criação de uma moeda própria, impactou negativamente as moedas do grupo. 

A crise política na França sobre o Orçamento de 2025 também enfraqueceu o euro. No Brasil, preocupações fiscais pesaram, mas declarações de Gabriel Galípolo, garantindo que o BC só intervirá no câmbio em casos extremos e que a política cambial permanecerá estável, aliviaram parte da pressão. 

O dólar à vista subiu 1,11%, fechando a R$ 6,0680, enquanto o dólar futuro para janeiro de 2025 avançou 1,54%, a R$ 6,0935. No exterior, o índice DXY subiu 0,66%, o euro caiu 0,81% e a libra recuou 0,68%.

Juros

Os juros futuros tentaram corrigir a alta acumulada da semana passada, mas o avanço do dólar frente ao real, impulsionado por ameaças protecionistas de Donald Trump contra os BRICS, impediu um alívio significativo. 

Declarações de Gabriel Galípolo descartando intervenção no câmbio trouxeram apenas um alívio momentâneo. 

O boletim Focus apontou piora nas expectativas de inflação para 2024 (4,71%), 2025 (4,40%) e 2026 (3,81%). No fechamento, os principais contratos de DI apresentaram leve variação, com o Jan/26 a 13,880%, Jan/27 a 14,085%, Jan/29 a 13,865%, Jan/31 a 13,680% e Jan/33 a 13,540%.

Ibovespa

A preocupação com o pacote fiscal do governo pressionou o Ibovespa, que encerrou em queda de 0,34%, aos 125.235,54 pontos, com volume financeiro de R$ 24,4 bilhões. A queda foi puxada principalmente pelo desempenho negativo dos bancos, enquanto as ações de Vale e Petrobras ajudaram a limitar as perdas.

Ações em destaque:

  • Bancos (pressão negativa):

    • Bradesco PN: -2,14% (R$ 12,36)
    • Itaú: -1,41% (R$ 32,12)
    • Bradesco ON: -1,35% (R$ 10,98)
    • Santander: -0,92% (R$ 24,70)
    • Banco do Brasil: -0,81% (R$ 24,57)
  • Limitaram as perdas do índice:

    • Vale: +0,24% (R$ 58,92)
    • Petrobras ON: +0,26% (R$ 42,73)
    • Petrobras PN: +0,64% (R$ 39,15)
  • Maiores altas:

    • Ambev: +4,08% (R$ 13,25)
    • SLC Agrícola: +3,22% (R$ 17,97)
    • Minerva: +2,74% (R$ 6,01)
  • Maiores baixas (impacto do dólar):

    • Azul: -7,91% (R$ 4,54)
    • Raízen: -4,55% (R$ 2,52)
    • LWSA: -4,28% (R$ 3,58)
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Escrito por Murilo

Amigo do clube, cuido da experiência dos membros Investfy.
Fã do mercado financeiro.

Investfy crew.

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