CPI em linha com estimativas – Resumo do mercado
13 de novembro de 2024
As ações oscilaram devido à especulação de que o mercado já avançou demais após as eleições nos EUA, ofuscando as apostas de novos cortes de juros pelo Fed.
As ações perderam força no final do pregão em Nova York, quase apagando os ganhos do S&P 500, que foram parcialmente impulsionados por dados de inflação em linha com as expectativas. Títulos do Tesouro de curto prazo superaram outros, com os rendimentos dos títulos de dois anos recuando após atingirem o maior nível desde julho. Negociadores de swaps elevaram para 80% a probabilidade de que o Fed reduza os juros novamente em 18 de dezembro. O dólar permaneceu em seu nível mais alto em dois anos, e o Bitcoin subiu para cerca de US$ 90.000.
O índice de preços ao consumidor (CPI) em linha com as previsões trouxe certo alívio aos investidores, que temiam uma leitura mais alta que pudesse dificultar a flexibilização da política dos EUA. Neel Kashkari, do Fed, declarou na Bloomberg TV que, com base nos números principais, está confiante de que a inflação está indo na direção certa, embora ainda não tenha analisado os dados detalhadamente.
- S&P 500 teve pouca variação
- Nasdaq 100 caiu 0,2%
- Dow Jones subiu 0,1%
- Rendimentos dos Treasuries de 10 anos subiram dois pontos-base, para 4,45%
Bitcoin
O Bitcoin teve uma sessão volátil, atingindo um recorde de US$ 90.000 e se aproximando de US$ 93.000 antes de recuar. A alta foi impulsionada pela eleição de Donald Trump, com investidores otimistas projetando que a criptomoeda possa ultrapassar os US$ 100.000 até o final do ano.
A nomeação de Elon Musk para o novo “Departamento de Eficiência Governamental” e o apoio de super PACs cripto a candidatos ao Congresso também favoreceram o mercado. Investidores estão movimentando o mercado de derivativos de Bitcoin, elevando contratos para cerca de US$ 61 bilhões, enquanto outras criptomoedas, como dogecoin, também registraram ganhos.
Juros
Os juros futuros encerraram próximos da estabilidade após uma sessão de volatilidade, influenciados pela alta do dólar e pela indefinição sobre o pacote fiscal. Ao longo do dia, as taxas dos DIs oscilaram, mas recuaram na última hora com o alívio no câmbio e declarações de Fernando Haddad sobre medidas “expressivas” que seguirão o arcabouço fiscal, embora o anúncio não deva ocorrer nesta semana. No fechamento, as principais taxas foram:
- DI Janeiro/2026: 13,210% (anteriormente 13,185%)
- DI Janeiro/2027: 13,360% (13,345%)
- DI Janeiro/2029: 13,160% (13,165%)
- DI Janeiro/2031: 12,970% (13,010%)
- DI Janeiro/2033: 12,830% (12,880%)
Dólar
O dólar à vista subiu 0,31% nesta quarta-feira, fechando a R$ 5,7895, impulsionado pelo fortalecimento da moeda americana no exterior.
No entanto, a divisa perdeu força no final da sessão após declarações do ministro Fernando Haddad sobre o aguardado pacote fiscal, que ele descreveu como “expressivo” e alinhado ao arcabouço fiscal, embora o anúncio possa ser adiado para a próxima semana.
O Banco Central injetou US$ 4 bilhões no mercado por meio de leilões de linha para atender à demanda de fim de ano. O dólar futuro para dezembro subiu 0,90%, enquanto o índice DXY avançou 0,44%.